"CLARICE - Meu Deus... eu não tinha pensado nisso... Eu estou ferindo tanta gente... Mas Anita, acredite, eu nunca feri de propósito! E me dói muito quando percebo que feri! Ah Anita... tenho tantos defeitos: sou inquieta, ciumenta, áspera... Embora amor dentro de mim eu tenha. Só que Anita, preste atenção: eu não sei usar o amor. Eu não amo bem! Às vezes me aparecem farpas... Sou forte, mas também sou destrutiva... autodestrutiva... E quem se autodestrói, também destrói os outros...
HOMEM - Escrever é a sua salvação. Escrever é uma maldição que salva. Salva seu dia, salva sua dor... Use a sua criação como um túnel escuro... e quando você atravessar a perigosa escuridão, talvez você se encontre, lá do outro lado, consigo mesma. Não adianta tentar fugir do seu ofício. Você é uma escritora, é escrava da sua criação! É preciso escrever. O tempo urge. Venha, me dê sua mão!"
Trecho de
CLARÍSSIMA, de Regiana Antonini
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